A moda brasileira está passando por um momento de transformação em que a sustentabilidade se tornou palavra-chave em desfiles, coleções e campanhas publicitárias. Se antes o mercado era dominado pelo fast fashion, com produção em larga escala, preços acessíveis e grande impacto ambiental, hoje percebe-se uma busca crescente por alternativas que respeitem o meio ambiente e valorizem a mão de obra local. Diversas marcas vêm investindo em tecidos reciclados, tingimentos naturais e processos de produção que consomem menos água e energia. Essa mudança está ligada tanto à pressão dos consumidores mais jovens, que exigem transparência, quanto às novas regulamentações que pedem maior responsabilidade social das empresas. Além disso, movimentos como o Fashion Revolution ganharam força no Brasil, levantando debates sobre quem faz nossas roupas e em quais condições de trabalho. Essa conscientização levou ao fortalecimento de marcas independentes que priorizam coleções menores, atemporais e feitas à mão, resgatando também tradições artesanais de diferentes regiões do país. O consumidor brasileiro, cada vez mais conectado e informado, já percebe que a roupa pode ser mais do que uma tendência passageira: ela pode ser um símbolo de identidade, resistência cultural e respeito ao planeta.
