A moda brasileira vive atualmente um momento de revolução marcado pela valorização da diversidade. Durante muito tempo, as passarelas, campanhas publicitárias e revistas especializadas reforçaram um padrão de beleza restrito, baseado em corpos magros, pele clara e traços europeus. No entanto, essa realidade vem mudando rapidamente. Marcas e estilistas perceberam que a verdadeira força da moda está em representar a pluralidade do povo brasileiro, formado por diferentes etnias, biotipos, idades e expressões de gênero. Modelos negros, indígenas, trans e plus size conquistaram espaço e hoje protagonizam desfiles importantes, ampliando o conceito de beleza e quebrando barreiras históricas. Essa mudança também foi impulsionada pelas redes sociais, onde vozes antes invisibilizadas passaram a cobrar representatividade e a apoiar marcas comprometidas com inclusão. Além disso, coleções atuais trazem roupas que dialogam com o cotidiano de pessoas diversas, abandonando a ideia de que a moda deve seguir apenas um único padrão. Essa transformação não é apenas estética: é social e política, pois abre caminho para uma indústria mais democrática, que respeita identidades e reforça que a moda pode e deve ser um reflexo da sociedade em toda a sua riqueza.
