A década de 1990 marcou uma fase importante para a moda brasileira, quando o país começou a se conectar de forma mais intensa com tendências globais ao mesmo tempo em que consolidava sua própria identidade. Foi nesse período que estilistas nacionais ganharam projeção internacional, levando para fora uma estética marcada por cores fortes, estampas tropicais e cortes ousados. As revistas de moda e os desfiles, especialmente a São Paulo Fashion Week, ajudaram a colocar o Brasil no mapa do setor, criando um espaço de diálogo entre tradição local e modernidade. Nos anos 2000, a globalização e o avanço da internet aceleraram a difusão das tendências, fazendo com que o consumidor brasileiro tivesse acesso imediato ao que acontecia em capitais como Paris, Milão e Nova York. Ao mesmo tempo, cresceu a valorização do “jeito brasileiro de se vestir”, despojado e criativo. A partir da década de 2010, a moda nacional passou por outro processo de transformação, com a entrada das redes sociais e do e-commerce, que democratizaram o consumo e permitiram o surgimento de novas marcas independentes. Hoje, a moda no Brasil vive um equilíbrio entre a busca por inovação tecnológica, como tecidos sustentáveis e coleções digitais, e o resgate das raízes culturais, que garantem originalidade e autenticidade. Essa trajetória mostra como a moda brasileira soube evoluir sem perder sua essência, adaptando-se às mudanças do mundo e mantendo seu lugar de destaque no cenário internacional.
