O fast fashion se consolidou no Brasil a partir dos anos 2000, trazendo roupas acessíveis, lançamentos rápidos e uma enorme variedade de estilos que atendiam ao desejo de acompanhar tendências internacionais quase em tempo real. Essa estratégia conquistou o consumidor, mas também trouxe consequências significativas para o mercado e para a sociedade. A produção acelerada, com ciclos cada vez mais curtos, gerou aumento no consumo de recursos naturais, como água e energia, além de uma grande quantidade de resíduos têxteis descartados em aterros. Ao mesmo tempo, surgiram denúncias sobre condições de trabalho precárias em oficinas clandestinas, levantando questionamentos sobre a ética desse modelo de negócios. Nos últimos anos, diante da pressão social e do crescimento da consciência ambiental, o fast fashion começou a perder força para novas propostas de moda mais consciente. Consumidores brasileiros, especialmente os mais jovens, passaram a valorizar marcas que oferecem transparência na cadeia produtiva, investem em sustentabilidade e promovem diversidade em suas campanhas. Apesar de ainda ocupar um espaço importante no mercado, o fast fashion já não é visto apenas como sinônimo de praticidade, mas também como um modelo que precisa ser repensado diante dos desafios ambientais e sociais do século XXI. Essa reflexão vem abrindo caminho para iniciativas mais responsáveis, que buscam equilibrar estilo, acessibilidade e respeito ao planeta.
