O fabricante suíço de perfumes, aromas e ingredientes cosméticos dissipou, na terça-feira, 14 de outubro, os receios de uma desaceleração nos Estados Unidos, após a publicação de vendas “robustas” nos nove primeiros meses do ano.
No período de janeiro a setembro, o grupo com sede em Genebra registrou faturamento de 5,7 bilhões de francos suíços (US$ 7,1 bilhões ou R$ 39 bilhões), um aumento de 5,7% em termos orgânicos (sem efeitos cambiais e de aquisições) e de 1,7% quando convertido para francos suíços.
Assim como no primeiro semestre, o crescimento foi liderado pela perfumaria fina, que registrou alta de 18,7% nas vendas, mesmo diante de uma base de comparação elevada após anos consecutivos de crescimento expressivo.
O grupo informou que segue implementando aumentos de preços com o objetivo de “compensar integralmente” o aumento dos custos das matérias-primas e das tarifas alfandegárias.
A divisão de Perfumes e Beleza da Givaudan — que também abrange fragrâncias para detergentes e produtos de higiene, além de ingredientes para cuidados com a pele — registrou faturamento de 2,9 bilhões de francos suíços, um aumento de 8% em bases comparáveis (excluídos os efeitos cambiais e de aquisições) em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por sua vez, as vendas de aromas para a indústria agroalimentar atingiram 2,8 bilhões de francos suíços, um aumento de 3,4%. Na América do Norte, o crescimento foi de 3,9%.
Temores de desaceleração são “dissipados”
Esses números estão em linha com as previsões dos analistas consultados pela agência suíça AWP, que estimavam um faturamento de 5,7 bilhões de francos suíços, dos quais 2,9 bilhões na divisão de perfumes e beleza e 2,8 bilhões em aromas.
Arben Hasanaj, analista da Vontobel, fala de vendas “robustas”, estimando que elas “dissipam os temores imediatos dos mercados”, especialmente em relação a “um enfraquecimento nos Estados Unidos” ou um “declínio na perfumaria”, escreve ele em um comentário sobre o mercado de ações.
A Givaudan nunca dá previsões de curto prazo, mas sempre estabelece um roteiro para cinco anos. Para o período até o final de 2025, o grupo tinha como meta um crescimento de 4 a 5% nas vendas, mas afirma ser “muito provável que ultrapasse o limite superior” dessa meta, já que o crescimento médio entre 2021 e 2024 já foi de 7,2%.
